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Exposição Anterior

01/05/2016 - 28/02/2017

Get more out of life. Go out to a movie!

Pat O’Neill

Nesta exposição no Centro de Arte Quetzal, damos relevo aos filmes de O’Neill, destacando as belas qualidades surrealistas e bem-humoradas do seu trabalho. Apresentamos oito das suas primeiras obras experimentais, produzidas entre 1963 e 1979, as quais sublinham esta atenção complexa e enigmática às colisões e ligações entre a civilização humana e o mundo natural – uma preocupação também evidente nos seus desenhos, colagens, fotografias, fotomontagens e esculturas. Os filmes incluídos na exposição são: By the Sea (uma colaboração com Robert Abel, 1963), 7362 (1967), Screen (1969), Runs Good (1970), Last of the Persimmons (1972), Saugus Series (1974), Sidewinder’s Delta (1976) e Foregrounds (1979).

Pat O’Neill (1939) é um artista e cineasta cuja utilização inovadora de técnicas óticas foi precursora e influenciou a nossa paisagem digital contemporânea. Tendo iniciado experiências com técnicas de colagem ainda no liceu e transitando do design para o cinema durante os seus estudos na UCLA, tornou-se professor no programa de cinema da CalArts e um dos fundadores do movimento do cinema de vanguarda de Los Angeles. Contribuiu também diretamente para a indústria cinematográfica através da sua empresa de efeitos especiais, Lookout Mountain Studios, onde ao longo dos anos trabalhou com a sua equipa em inúmeros filmes publicitários, curtas-metragens e filmes independentes, assim como em importantes longas-metragens de Hollywood, incluindo o segundo e terceiro episódios de Star Wars.

Nesta exposição no Centro de Arte Quetzal, damos relevo aos filmes de O’Neill, destacando as belas qualidades surrealistas e bem-humoradas do seu trabalho. Apresentamos oito das suas primeiras obras experimentais, produzidas entre 1963 e 1979, as quais sublinham esta atenção complexa e enigmática às colisões e ligações entre a civilização humana e o mundo natural – uma preocupação também evidente nos seus desenhos, colagens, fotografias, fotomontagens e esculturas. Os filmes incluídos na exposição são: By the Sea (uma colaboração com Robert Abel, 1963), 7362 (1967), Screen (1969), Runs Good (1970), Last of the Persimmons (1972), Saugus Series (1974), Sidewinder’s Delta (1976) e Foregrounds (1979).

Extremamente gráficos, reflexivos e multifacetados, os filmes de O’Neill são expressões livres do seu domínio das técnicas de impressão ótica. Na impressão ótica, as imagens filmadas são copiadas para película cinematográfica virgem e submetidas a uma série de tratamentos e processos, desde fusões e múltiplas exposições à animação manipulada de sequências ao vivo. Combinando imagens encontradas com técnicas radicais de montagem e composição, O’Neill cria uma linguagem gráfica que revela as relações inesperadas que se formam dentro do fotograma quando são associados elementos diversos e muitas vezes contraditórios de uma perspetiva convencional. A sua hábil orquestração de limites que se dissolvem, narrativas em colapso e múltiplos níveis de imagens em movimento atrai o espetador para um significado linear e, ao mesmo tempo, distancia-o deste.

Os filmes de Pat O’Neill são poesia visual – uma viagem vivencial por uma veloz corrente cinemática de imagens, sons e ideias que umas vezes se suportam e outras vezes se contradizem mutuamente, produzindo novas possibilidades radicais.