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Exposição Anterior

29/10/2021 - 31/12/2022

Trojan Donkey

Para a exposição Se erguendo tenda, onde entrem todos, Stephen Wilkes criou um novo burro com tecido tradicional fabricado em Portugal pela Fabrical, marca têxtil holandesa residente em Monsaraz.

O burro marcou presença na abertura da exposição, antes de iniciar uma viagem por Portugal.

A ideia era que passasse por outros museus, escolas ou até mesmo pelas casas das pessoas, colecionando memórias e histórias. Estas foram carregadas pelo burro, e passadas de lugar em lugar, de mão em mão. Este é um trabalho que homenageia, não apenas uma lenta vivência do tempo, atenta à viagem e ao encontro do outro, mas também ao artesanato local, com um burro feito de forma tradicional, bordado ao “estilo português”.

Pelas palavras de Wilks: “Muitas vezes me perguntam quando vai terminar o projeto do burro, mas este é um trabalho cumulativo que continua a gerar novas ideias à medida que se desenvolve.”

Stephen Wilks
(1964, UK) Vive e trabalha em Berlim

Stephen Wilks é conhecido pelas suas performances, ‘Animal Farm’ e ‘Trojan Donkey’. O fascínio pela iconografia antropomórfica, em que as características humanas são atribuídas aos animais, desempenha um papel importante na sua prática artística.

Wilks organizou desfiles de rua, com animais gigantescos que eram carregados por pessoas nas mãos. A questão da corrupção de ideais está na vanguarda das questões levantadas: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais do que outros. Para ‘Trojan Donkey’, Wilks carregou um burro de pelúcia em tamanho real nas costas. O burro viajou ao redor do mundo e ficou com pessoas que por sua vez deram ao burro uma mensagem pessoal. ‘Wearing a donkey on the back (‘Usar um burro nas costas’) refere-se não apenas à gíria regional inglesa, mas também ao humor noir, descrito pelo surrealista André Breton (1935). O burro como um animal de carga, que em muitas culturas está associado à pobreza, torna-se um dos principais significados no trabalho de Wilks.

O carrossel que é exibido no Quetzal Art Center durante a exposição ‘Um galo sozinho não tece uma manhã’ simboliza os diferentes burros que viajaram pelo mundo.

Quetzal Art Center showed Stephen Wilkes’ ‘Donkey Roundabout’, which symbolized all the different donkeys that travel the world, poetically alluding to the rotation of history and stories told and passed on orally que simbolizava todos os diferentes burros que viajaram pelo mundo, poeticamente aludindo à rotação da história e das histórias contadas e transmitidas oralmente.

 

Agradecimento especial à Mizette Nielsen que nos deu o lindo tecido para o projeto.