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Tomorrow’s Sky, 2019

21/09/2019 - Presente

Susan Philipsz

Instalação sonora em três canais Quinta do Quetzal Vinhedo *

Tomorrow’s Sky, 2019

O Centro de Arte Quetzal tem a honra de apresentar duas instalações site-specific de Susan Philipsz: Tomorrow’s Sky [O Céu de Amanhã] (2019). A obra foi encomendada por Cees e Inge de Bruin-Heijn para apoiar a iniciativa Artangelum fundo para o futuro dos Art Angel.

Sobre a peça Tomorrow’s Sky, uma instalação sonora em três canais, Susan Philipsz diz:

“O pássaro Quetzal é o símbolo desta vinha e uma das características da paisagem envolvente é o seu vazio e silêncio. Imagino o pássaro conjurado pelo som, abrindo as suas asas sobre a paisagem ao mesmo tempo que esta se funde com o som.

Entrelacei duas rondas inglesas tradicionais para criar uma ressonância contemporânea: Hey, Ho, Nobody Home [Ei, Ho, Ninguém em Casa] e Ah Poor Bird [Ah, Pobre Pássaro] são ambas anónimas e datadas ainda da Idade Média. Os seus arranjos musicais são do compositor inglês Thomas Ravenscroft, e estão incluídas na sua colectânea de cânones e rondas intitulada Pamellia (1609).

A uma voz solitária outras se vão juntando, cada uma vinda das três árvores no cimo da vinha da Quinta do Quetzal. Estas vozes desencarnadas fundem-se e sobrepõem-se para gerar um padrão abstracto de som e movimento que se revela a pouco e pouco. As duas primeiras vozes cantam Hey, Ho, Nobody Home, um cânone dedicado a um vagabundo, provavelmente um cigano que pouco tem mas, ainda assim, será muito feliz. “Ei, Ho, Ninguém em casa, Nem carne nem vinho nem dinheiro tenho, Mas muito feliz serei.” A terceira voz junta-se à ronda cantando Ah Poor Bird. Esta ronda pode ser interpretada como um lamento pelos males do mundo, chorando uma vida fechada nas trevas que deveria ser liberta. A letra percorre os males “Desta negra hora” numa esperança de liberdade e de um novo começo. “Consegues ver a aurora/ do céu de amanhã?” A ronda tem um fim optimista e aberto, que retorna e começa de novo a rodear os ouvintes. “Ah, pobre pássaro, Por que estás fechado nas trevas, Desta negra hora, Ah, pobre pássaro, Faz teu voo, Longe acima dos desgostos, Desta triste noite, Ah, pobre pássaro, Consegues ver, Ao voar, a aurora do céu de amanhã?”

* Em frente do centro de arte, no topo da colina com as três árvores. A instalação de som começa a cada dez minutos. 

Durante as duas últimas décadas, Susan Philipsz, artista vencedora do Prémio Turner, tem vindo a explorar o potencial psicológico e escultórico do som. Recorrendo predominantemente a gravações da sua própria voz, a artista cria ambientes imersivos de arquitectura e canto, que elevam o envolvimento dos visitantes com o que os circunda, ao mesmo tempo que inspiram uma introspeção reflexiva. A música selecionada por Philipsz – desde baladas seiscentistas e melodias folclóricas irlandesas até Ziggy Stardust de David Bowie – responde especificamente ao espaço em que a obra se encontra instalada. Se cada peça é única, os enredos e referências são frequentemente reconhecíveis, explorando temas tão familiares como a perda, o anseio, a esperança e o regresso. Estas narrativas universais desencadeiam reacções pessoais, criando uma ponte entre o individual e o colectivo, entre espaços interiores e exteriores.

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