
O Centro de Arte Contemporânea do Quetzal tem a honra de apresentar a exposição colectiva Mitos da Caverna (Espeleologia Infinita.
A consciência moderna nasceu na escuridão: a escuridão da caverna. Foi nas habitações subterrâneas dos primeiros homens que, nas palavras de Werner Herzog, “a alma humana moderna despertou’”, através de rituais sociais e expressões que dão conta da capacidade humana de reflectir, sublimar e criar. No nosso inconsciente colectivo, a história da caverna é a história da invenção estética, da ideação, do lento advir ao ser de uma inteligência complexa e sensível, localizada algures entre o caos primordial e as primeiras estruturas civilizacionais. No seu mais famoso tratamento filosófico a caverna é, claramente, o lugar alegórico das nossas verdades, o lugar de nascimento da nossa emancipação política. Um lugar de sombras, onde se escondem as respostas a todas as questões da humanidade em todas as suas infinitas brechas e dobras.